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Indústria de ração sofre com os efeitos da inflação no Brasil

Indústria de ração sofre com os efeitos da inflação no Brasil

EXCLUSIVO |  LEVANTE a mão quem não tem voltado assustado do supermercado, depois de ver a conta do restaurante ou de qualquer serviço. A inflação no Brasil, que segundo economistas acumulou alta de 6,59% nos últimos 12 meses, tem preocupado especialistas. O último susto para quem tem um cachorro foi o aumento do preço da ração nos petshops. No final do mês passado fui fazer buscar em uma loja pet o pacote de 7,5 quilos que costumo comprar para Ciccilo.

QUAL não foi meu susto quando percebi que o preço do pacote tinha aumentado 20% desde a última compra nem dois meses atrás. Assustada, fui correndo até o concorrente mais próximo e, qual não foi minha surpresa, ao perceber que o preço era exatamente igual. Ao comentar meu susto no blog, percebi que vários leitores e donos de cachorro passaram, revoltados e confusos, pela mesma experiência. O que explicaria esse aumento nos preços da ração muito acima da inflação?

"Clientes nos questionam sobre outras opções que se enquadrem no perfil do cão", contam Thais e Adriano da Pro Cane

“Clientes nos questionam sobre outras opções que se enquadrem no perfil do cão”, contam Thais e Adriano da Pro Cane

COMO funciona o mercado

A INDÚSTRIA de alimentos para cães pratica aumentos periódicos, geralmente anuais ou divididos em dois períodos do ano. Sendo assim, a inflação acumulada nestes períodos acaba claramente refletida no preço do pacote.

OUTRA novidade que pode ter mexido no preço dos alimentos para pet: aumento dos impostos. Desde outubro de 2012, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que, nas rações para cães e gatos em embalagens com mais de dez quilos, incide alíquota de 10% relativa ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). Até então, todos alimentos pet eram isentos deste imposto. Mas segundo o ministro Benedito Gonçalves, defensor do imposto neste caso, a diferenciação entre os itens da tabela leva em consideração o princípio da seletividade. “Os alimentos para cães e gatos são destinados a público com alto poder aquisitivo, que opta pelo fornecimento de tais alimentos, em vez de utilizar formas mais básicas de nutrição”, declarou o ministro na época. Leia mais a respeito clicando aqui.

SENDO assim, a não ser que o lojista tenha um estoque muito grande, os aumentos da indústria de ração são sentidos em todos os petshops, dos mega àqueles pequenos comerciantes de bairro. “O aumento necessariamente precisa ser repassado ao consumidor final, por isso eles vêm em onda”, explicam os proprietários da loja de alimentos pet Pro Cane, Thais Gagliardi e Adriano Gargioni. Segundo os empresários, o aumento varia muito por fabricante. “Geralmente, de 5% a 12%”. Mas a mudança de preço de um fabricante em especial assustou até mesmo os experientes comerciantes de Porto Alegre. “Esse último aumento da Royal Canin está causando alvoroço pois foi de 20% para alguns produtos”, garantem.

"Às vezes o cliente acaba deixando de comprar imaginando que vai encontrar com preço melhor em outra loja. Acaba voltando com o tempo", revela  Alessandra Keidann do Bolicho do Bicho

“Às vezes o cliente acaba deixando de comprar imaginando que vai encontrar um preço melhor em outra loja. Acaba voltando com o tempo”, revela Alessandra Keidann do Bolicho do Bicho

REAÇÃO diante dos preços

O COMPORTAMENTO do dono do cachorro é obvio diante de um aumento desta proporção: pesquisar na concorrência. “Às vezes o cliente acaba deixando de comprar imaginando que vai encontrar um preço melhor em outra loja. Acabam voltando com o tempo pois o reajuste mais cedo ou mais tarde precisará ser repassado pelos demais lojistas”, afirma a dona do pet shop Bolicho do Bicho Alessandra Keidann. Segundo a empresária, a margem de lucro trabalhada pelo comércio varejista em geral para alimentos para animais é baixa. “Dificilmente a empresa consegue absorver os aumentos sem repassar.”

QUANDO o cliente não tem mais escapatória, começa a se questionar se vale ou não a pena mudar de marca de ração. Segundo Thais e Adriano da Pro Cane, muitos dos seus clientes têm buscado consultoria. “Eles nos questionam sobre outras opções que se enquadram no perfil do cão.” Para os comerciantes, existem sim outras opções de marcas premium e super premim de ração no mercado com preços mais em conta ou em promoção. Basta pesquisar.

MAS o que explicaria o aumento de até 20% no preço da ração de uma das marcas mais conhecidas e consumidas de alimentos super premium no Brasil? Para explicar esse aumento, conversamos com o porta-voz e diretor de Marketing da Royal Canin no Brasil, Christian Pereira. Confira no post que publicaremos ainda essa semana as melhores partes dessa conversa.

DICA EXTRA: Se o dono do cão escolher trocar de ração, o importante é buscar não somente o preço, mas sim uma relação de custo-benefício interessante para a saúde do cão e seu bolso. “Busque pacotes maiores, quanto maior a embalagem, melhor o custo do quilo. Mas é muito importante comparar a duração do pacote, a quantia diária recomendada e os níveis de vitaminas, proteínas, fósforo e antioxidantes”, ensinam Thais Gagliardi e Adriano Gargioni, donos da loja de alimentos pet Pro Cane de Porto Alegre.

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Duas dicas: evite dar alimentos que possuam corantes ou que são vendidos a granel

EXCLUSIVO | ESTANTES lotadas de marcas de ração. Quem acompanha o mercado de alimentação canina já notou que esse setor não sofre da falta de oferta. São dezenas e dezenas de marcas dos mais diversos preços, tamanhos, cores e formatos. É por isso que muitos donos de cães sofrem na hora de escolher qual é a ração mais adequada para seu bicho (e para seu bolso).

ESSAS dúvidas também atormentam os clientes da empresa de distribuição de ração Pro Cane, de Porto Alegre (RS). “Normalmente, as pessoas não sabem a diferença e vão pelo preço, sem analisar os nutrientes, os benefícios e inclusive a duração dos pacotes. Por isso esclarecemos sobre o porte do pet e após damos as opções que se enquadram para o cão”, contam os proprietários da empresa, Adriano Gargioni e Thais Gagliardi. Como a empresa se especializou na entrega da ração, também pode dar uma atenção especial ao cliente e, por isso mesmo, já passaram por situações inusitadas. Como o relato de um dono de um Beagle que recebeu a indicação de um criador para dar ração Mini Junior até que ele ficasse maior e passasse para a Medium. “As pessoas associam erroneamente “Mini” à filhote e não vêem que cada porte tem sua opção Junior”, explicam.

CONVERSAMOS com a dupla de sócios da Pro Cane, Adriano Gargioni e Thais Gagliardi, sobre as principais dúvidas que donos de cães têm a respeito do uso e compra da ração. Fique ligado, porque essas dúvidas também podem ser suas:

Os donos da Pro Cane, Adriano e Thais, auxiliam seus clientes na escolha da ração mais adequada

CANINABLOG: Que questões um dono deve observar na hora de escolher uma ração?

Pro Cane: Busque um produto de acordo com a idade, raça/porte do cão, procurando dar preferência aos produtos “super premium”, devido à qualidade da matéria-prima utilizada e à quantidade de nutrientes. De modo geral, rações classificadas como “econômicas” possuem cerca de 15 nutrientes, “standards” têm aproximadamente 30, e as “super premium” oferecem mais de 50 nutrientes.

Mais detalhes direcionam ainda mais às opções de ração, como se o cão vive em apartamento ou correndo pelo jardim; nível de atividade física; maior cuidado com a pele/pelagem e até mesmo sensibilidade digestiva.

CANINABLOG: Algum tipo de ração pode ser perigosa para o cão?

Pro Cane: Sugerimos evitar rações que possuam corantes. Aquelas coloridas que fazem referência a vegetais e carnes frescas têm por objetivo encher os olhos dos donos dos pets. Na verdade, os corantes só prejudicam a saúde deles. Evite também rações vendidas a granel, que são procuradas em função do preço, porém estão suscetíveis à ação da umidade, luz, calor e insetos. Além de não possuírem a informação da data de validade.

CANINABLOG: Quanto tempo um pacote de ração pode ficar aberto?

Pro Cane: Sugerimos que os pacotes sejam fechados com uma fita, nunca abertos e expostos à ação do tempo. Os fabricantes sugerem que as rações sejam conservadas na sua embalagem, desde que esta permaneça fechada e guardada em local seco. Existem fabricantes que produzem baldes promocionais ou latas, onde estas embalagens podem ser mantidas. Quanto à porção diária, se o cão não terminar a refeição, os restos devem ser jogados fora e o comedouro limpo diariamente.

CANINABLOG: Como posso saber quanta ração devo dar ao meu cachorro?

Pro Cane: Todos os produtos possuem uma tabela de quantia diária recomendada de acordo com o peso do cão (no caso de adultos) e com a idade em meses (no caso de filhotes, onde se deve fazer uma projeção do seu peso quando adulto).

É importante considerar outros aspectos das tabelas que fazem com que a quantia varie, tais como: número de horas de exercícios diários, se o animal é castrado ou tem tendência ao sobrepeso.

CANINABLOG: Como deve ser feita a mudança de marca e tipo de ração?

Pro Cane: Toda a alteração nutricional deve ser feita progressivamente, em cerca de sete dias, misturando porções da ração antiga com a nova. Dessa forma, o organismo do cão se adapta e sua microflora intestinal se reconstitui especificamente para digerir o novo alimento. Para toda troca de marca de ração ou de produtos da mesma marca (filhote para adulto, por exemplo), a transição é necessária. Já que há mudanças nos níveis de proteínas, gorduras e fibras.

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