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Cada cão deve ter um protocolo vacinal customizado, defende a vet Sylvia Angélico

EXCLUSIVO | VOCÊ leva seu cachorro ao veterinário e ele é protegido anualmente com todas as vacinas disponíveis desde que era um filhotinho. Que alívio! Seu cachorro está totalmente protegido contra todo tipo de doenças, correto? A resposta para esta pergunta talvez seja: não. De acordo com inúmeros pesquisadores, o excesso de vacinação pode ser responsável por várias doenças diagnosticadas em cães cada vez mais jovens, como alergias, tumores, glomerulonefrite (uma das causas de doença renal crônica) e doenças auto-imunes (como diabetes e hipotiroidismo).

“Toda vacinação implica em riscos potenciais, qualquer bula confirma essa informação”, adverte a médica veterinária Sylvia Angélico do blog Cachorro Verde. Mas isso não quer dizer que seu cachorro não deva ser vacinado. “Essa não é a discussão aqui. A questão é que é perfeitamente possível vacinar menos e correr menos riscos. Quanto mais vacinas aplicamos, mais expomos o paciente a um maior risco de problemas agudos e crônicos de saúde. Pensando no paciente, qual conduta seria mais ética?”, questiona.

MAS como saber se meu cachorro está sendo vacinado em excesso ou se está desprotegido? Tire suas dúvidas nesta entrevista com a médica veterinária Sylvia Angélico do blog Cachorro Verde e nos dois posts já publicado aqui no CaninaBlog (links no final deste artigo):

Exames laboratoriais são capazes de mostrar se o cão precisa ser vacinado ou não

CANINABLOG: Por que você é contra a vacinação anual e periódica?

Sylvia: Porque essa conduta é obsoleta. Temos mais de uma década de artigos científicos à disposição na internet de autoria norte-americana, holandesa, africana, italiana, brasileira, canadense, israelense, enfim, de inúmeros países – não somente dos ditos desenvolvido – trazendo informações confiáveis sobre a duração verdadeira da proteção conferida por cada vacina. Em contrapartida, não encontro um único artigo científico independente e recente que recomende aplicar todas as vacinas disponíveis no mercado em todos os cães todos os anos.

CANINABLOG: Mas como podemos saber se um cão realmente precisa ser vacinado ou não?

Sylvia: Hoje já existem kits para verificação dos títulos de anticorpos vacinais e no Brasil há exames laboratoriais capazes de nos informar se o cão se encontra protegido ou não. O momento de aplicar as vacinas nos cães depende de inúmeros fatores como a idade, condições de saúde, histórico de vacinas e de reações adversas com vacinação, porte e raça. Mas o principal é avaliar onde o cão vive, estilo de vida dele e até se mamou o colostro quando filhote. Parece excesso de zelo, mas sempre que possível todos esses aspectos devem ser levados em conta antes de aplicar uma vacina no paciente.

CANINABLOG: Mas existem vacinas obrigatórias para qualquer cão?

Sylvia: A comunidade científica internacional classifica as vacinas para pets existentes no mercado em essenciais, opcionais e não-recomendadas. As vacinas essenciais são aquelas que todo cão deve receber porque são altamente eficazes, conferem proteção por muitos anos e protegem contra doenças realmente perigosas. São elas: as vacinas contra cinomose, hepatite infecciosa canina (também conhecida como adenovirose tipo I), contra parvovirose e contra a raiva. As vacinadas classificadas como opcionais apresentam eficácia inferior, proteção menos duradoura e visam prevenir doenças menos perigosas ou que estejam restritas a determinadas regiões e não em todo o território. São elas: as vacinas contra leptospirose, contra leishmaniose visceral canina (que pode vir a se tornar uma vacina essencial para o Brasil) e contra a “tosse dos canis”.

Vacinas são classificadas como essenciais, opcionais e até mesmo não-recomendadas

CANINABLOG: E quais são as não-recomendadas?

Sylvia: São aquelas de baixo custo-benefício, seja porque são pouco eficientes ou porque a doença contra a qual protegem não oferece risco significativo. São elas: a vacina contra a giardíase (estudos comprovam que não funciona satisfatoriamente), coronavirose (uma infecção intestinal branda que acomete filhotinhos de até 8 semanas de vida) e a vacina que previne contra dermatofitose (micose).

CANINABLOG: Como o dono do cachorro pode conversar com seu médico veterinário a respeito?

Sylvia: Em primeiro lugar, saiba que é possível customizar o protocolo do peludo e que produtos com menor número de frações expõem o paciente a um risco menor de reações adversas. Se você está interessado em obter um protocolo customizado para seu pet, converse com seu veterinário e passe para ele alguns artigos científicos disponíveis na internet. Recomendo enfaticamente a consulta às diretrizes vacinais internacionais do World Small Animal Veterinary Association (WSAVA) de 2010 (clique aqui) e do American Animal Hospital Association (AAHA) de 2011 (clique aqui).

CONFIRA todos os posts publicados aqui no CaninaBlog a respeito da polêmica do excesso de vacinação em cães:

Vacinas: Questão de saúde ou falta de informação?

Vacinação: O princípio de tudo

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Somente algumas vacinas precisam de reforços anuais, afirma a vet Sylvia Angélico

EXCLUSIVO | QUEM ama seu cachorro faz tudo por ele. Principalmente quando a questão é a saúde do seu pet. Por esta razão, muitos donos nunca questionaram se a vacinação anual canina é realmente necessária. Afinal, todo médico veterinário recomenda reforços anuais – ou, pelo menos, a maioria dos profissionais.

A MÉDICA veterinária Sylvia Angélico há anos estuda as descobertas científicas sobre a vacinação dos cães e suas reações. Ao longo do tempo, descobriu que existe um exagero neste comportamento. Segundo Sylvia, muitos colegas de profissão recomendam os reforços vacinais baseados nas informações das bulas das vacinas. Entretanto, ela adverte: “essas bulas não acompanham as informações que têm sido publicadas na literatura científica atual”.

MUITOS veterinários também defendem que o retorno paciente na clínica é uma oportunidade para examiná-lo clinicamente, solicitar exames, esclarecer dúvidas do cliente e recomendar procedimentos importantes como castração e profilaxia dentária, por exemplo. Além disso, veterinários mantém este comportamento por toda a profissão porque simplesmente aprenderam a agir desta maneira desde a faculdade. “Eu mesma aprendi assim e o material publicitário e palestras dos fabricantes de vacinas reforçam essa prática”, adverte Sylvia.

CONFIRA abaixo a segunda parte da conversa que o CaninaBlog teve com a médica veterinária Sylvia Angélico, criadora do blog Cachorro Verde.

Reforços vacinais sistemáticos geram lucro significativo para as clínicas

CANINABLOG: Quais vacinas realmente precisam ser aplicados anualmente? 

Sylvia Angélico: Existem vacinas que precisam ser aplicadas anualmente, algumas até semestralmente, para manter o animal protegido. É o caso das vacinas contra leptospirose, “tosse dos canis” e leishmaniose visceral canina. Elas conferem imunidade de mais breve duração. A partir disso, há veterinários que generalizam e praticam reforços vacinais contra todas as doenças para as quais existem vacinas, sem saber que há vacinas capazes de proteger o paciente por mais de 7-9 anos, como aquelas feitas com vírus vivos atenuados (“enfraquecidos”) contra cinomose, parvovirose e hepatite infecciosa canina.

CANINABLOG:  Na sua opinião, que razões levam muitos veterinários a recomendar tantas vacinas?

Sylvia Angélico: A falta de conhecimento é uma das razões. Uma parcela dos veterinários tem pouco interesse pelas áreas de Imunologia, Vacinologia e Infectologia. Na última década, dezenas de artigos científicos têm sido publicados anualmente. Esses artigos trazem atualizações sobre condutas vacinais, mas precisam ser ativamente pesquisados pelo veterinário para ser encontrados. Creio não existir ainda interesse dos fabricantes de vacinas em incluir as principais atualizações desses artigos em seu material informativo e palestras. Sem conhecimentos atualizados sobre as possíveis reações adversas associadas à vacinação, sobre exames que determinam se o paciente já se encontra protegido (chamado titulação de anticorpos vacinais), sobre epidemiologia de doenças infecto-contagiosas no Brasil, sobre a verdadeira duração e custo-benefício de cada produto, muitos veterinários acreditam ser mais correto, seguro e cômodo manter a conduta vigente.

CANINABLOG: Questões econômicas também estão envolvidas?

Sylvia Angélico: Reforços sistemáticos geram lucro significativo para a clínica. No início do segundo semestre de 2011, uma das revistas científicas de maior circulação entre os veterinários de cães e gatos do Brasil publicou uma coluna reforçando a importância de manter a aplicação sistemática de vacinas como forma de gerar lucro. O artigo trazia até infográficos mostrando quantos milhares de reais o veterinário deixaria de faturar ao ano caso seus clientes “atrasassem” o reforço vacinal em um mês.

NOS próximos dias vamos publicar o terceiro e último post com a médica veterinária Sylvia Angélico que irá explicar quais são os métodos recomendados por especialistas na hora de se escolher a vacina ideal para seu cão.

CONFIRA abaixo o primeiro post a respeito da polêmica da vacinação anual em cães publicado aqui no CaninaBlog

Vacinação: O princípio de tudo

Vacinação canina: O perigo do excesso

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Entenda a origem das vacinas obrigatórias para cães no Brasil e no mundo

EXCLUSIVO | QUEM tem cachorro em casa já sabe: é preciso vaciná-lo pelo menos uma vez ao ano. Este comportamento é mais do que comum hoje em dia, é um padrão seguido e recomendado por quase todos os veterinários. Mas de onde surgiu esta prática? É realmente necessário vacinar ao logo de toda a vida dos cães?

ESSAS perguntas têm levantado muita polêmica entre veterinários, principalmente fora do Brasil, e se tornou um tema de pesquisa para a médica veterinária Sylvia Angélico do blog Cachorro Verde. Ao longo de três posts especiais criados com a médica veterinária, o CaninaBlog irá trazer informações sobre a indústria das vacinas para cães no mundo.

CONFIRA agora a primeira parte desta entrevista exclusiva e entenda como tudo começou:

CANINA BLOG: Quando os cães começaram a ser vacinados de forma sistemática?

Sylvia Angélico: A vacinação com reforços sistemáticos teve início nos Estados Unidos na década de 1950. Nessa época foram desenvolvidas as primeiras vacinas contra cinomose canina e elas não eram muito eficientes. Verificou-se que conferiam proteção por um período curto de tempo – até 12 meses,em média. Por segurança, uma vez que a cinomose é uma doença perigosa e difundida, reforços anuais passaram a ser praticados. Com o passar das décadas, vacinas mais eficientes e variadas, contra uma série de doenças, foram surgiram no mercado, mas os reforços anuais foram mantidos. Para ter uma vacina licenciada, em grande parte das vezes o fabricante deve comprovar eficiência protetora mínima de um ano. Como esses testes são caros e toda a comunidade veterinária já adotava os reforços anuais arbitrários, não se verificou se a duração de proteção ultrapassaria um ano.

CANINABLOG: Quais foram os benefícios na época? 

Sylvia Angélico: Essa medida garantia que o animal voltaria à clínica periodicamente para check-ups de saúde a avaliação do manejo, o que permitia identificar doenças no começo do seu surgimento e tratar o paciente com maiores chances de sucesso. Isso sem falar que grande parte dos cães vacinados conforme esse protocolo não desenvolvia cinomose.

CANINABLOG: Quais são as vacinas obrigatórias no Brasil?

Sylvia Angélico: Nem todos os municípios brasileiros a exigem, mas os que o fazem demandam reforços anuais. É possível que em breve a vacinação anual contra leishmaniose visceral canina figure entre as obrigatórias, uma vez que se trata de uma zoonose (doença transmissível ao ser humano) que tem ganhado bastante atenção por sua rápida disseminação em nosso pais. Companhias aéreas podem exigir a vacinação múltipla (V6, V8 ou V10), além da antirrábica, para embarcar cães.

CONFIRA no próximo post da série sobre Vacinas no CaninaBlog porque e se realmente é necessário vacinar seu cão uma vez por ano.

Vacinas: Questão de saúde ou falta de informação?

Vacinação canina: O perigo do excesso

Ministério proíbe vacina antirrábica que matou animais

Vacinas: essenciais ou opcionais?

Cinomose: fique atento aos primeiros sintomas

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Assim como os soluços nos humanos, isso tende a passar sozinho

EXCLUSIVO | DEPOIS de bons goles de água e uma corrida escada acima, meu Fox Terrier Pêlo Duro Ciccilo começou a soluçar sem parar. Com quase oito anos nas costas, nunca tinha visto Ciccilo soluçar e, confesso, levei um pequeno susto.

O SOLUÇO em humanos é provocado por um espasmo do diafragma, um músculo que separa o tórax do abdômen e está diretamente relacionado com a respiração. Segundo o site do Dr Dráuzio Varella, esse espasmo é acompanhado simultaneamente pelo fechamento da glote, o que prejudica a passagem de ar para os pulmões e produz o som típico.

PARA combater o soluço, nós humanos criamos as mais diversas estratégias: segurar a respiração por alguns segundos, chupar uma fatia de limão e, até mesmo, dar um susto na vítima do susto. Mas e com a cachorrada? A médica veterinária Sylvia Angélico conta que, assim como os soluços nos humanos, isso tende a passar sozinho. “Caso a crise de soluço não passe, ofereça água (água de coco eles costumam adorar), uma refeição leve ou dê um passeio com seu mascote”, indica a criadora do blog Cachorro Verde. “Isso mudará o padrão respiratório do cão e o ajudará a parar de soluçar.”

CONFIRA mais curiosidades publicadas aqui no CaninaBlog:

Patas caninas: Cuidados e curiosidades

Meu cachorro assiste televisão. Será mesmo?

O que você sabe sobre as pulgas?

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Contaminação por Leptospirose acontece pelo contato com a urina dos ratos que se mistura à água, ao solo e até mesmo aos alimentos (Imagem: Abeac)

ASSISTIR ao notíciário nos últimos dias tem sido motivo de pura tristeza. A região serrana do Rio de Janeiro já perdeu mais de 300 vidas graças a grande quantidade de chuva e os desabamentos. Toda população foi atingida e isso inclui os cachorros. Centenas morreram afogados ou cobertos de lama.

MAS ENGANA-SE quem pensa que essas são as únicas consequências das enchentes. Há ainda um grande perigo para quem conseguiu sobreviver a essa calamidade pública: a Leptospirose.  Essa doença infecciosa é causada por uma bactéria chamada leptospira interrogans que contamina a maioria dos animais selvagens e domésticos e também aos humanos.

O PERIGO de infecção por Leptospirose aumenta durante as enchentes e alagamentos porque a contaminação acontece pelo contato com a urina dos ratos que se mistura à água, ao solo e até mesmo aos alimentos.

“ESTE período de chuvas pode elevar o número de casos da doença porque a leptospira, que é eliminada na urina dos animais doentes ou portadores, é bastante sensível ao sol e ambiente seco, mas sobrevive em ambientes úmidos e sem sol”, explica o diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care (SP), o médico veterinário Marcelo Quinzani. “Deste modo a água das chuvas ajuda na disseminação da bactéria que, quando entra em contato com mucosa ou pele com ferimentos, passa a contaminar um novo indivíduo”.

Contato de seres humanos e cães com água suja pode causar Leptospirose

SE SEU cachorro entrou em contato com água de enchentes ou alagamentos, é bom ficar ainda mais atento. Confira abaixo quais são os principais sintomas da doença e como proteger seu melhor amigo:

PRINCIPAIS sintomas da doença

OS PRIMEIROS sintomas são febre, depressão, perda do apetite, vômito, desidratação, mucosas congestas, icterícia, urina escura e dor renal ou muscular, esses dois últimos podem ser notados nos animais através da mudança de comportamento.  “Na evolução da doença, observa-se insuficiência renal, insuficiência hepática, hemorragias, lesões na pele e hematomas pelo corpo, úlceras na boca e língua e, em casos raros, necrose na ponta da língua. Ocasionalmente observa-se aborto, meningite e a inflamação intra-ocular comprometendo total ou parcialmente a íris”, completa o médico veterinário Marcelo Quinzani.

COMO agir diante dos sintomas

Ao notar estes sintomas em cães e gatos, mesmo que eles não tenham tido contato com água de alagamento ou enchentes, é preciso procurar imediatamente um médico veterinário e isolar outros animais da casa. “Se o animal realmente estiver doente e não receber o tratamento adequado certamente virá á óbito”, diz. “Em caso de confirmação da doença, a família deve também procurar orientação com um infectologista sobre os cuidados e exames necessários para as pessoas que tiveram contato com esse animal.”

VACINAS e prevenção

Para o diretor clínico do Pet Care as medidas preventivas são simples e incluem cuidados com a saúde, alimentação e com o ambiente em que o animal vive. A imunização anual ou semestral dos cães está no topo da lista de providencias a serem tomadas. “O mercado disponibiliza várias opções de vacina que incluem a proteção contra a doença, elas são conhecidas normalmente como V8 e V10″, salienta.

A IMPORTÂNCIA da higiene

Alimentar o animal em horários determinados, não deixando a ração à vontade e retirando os restos depois que o animal terminar a refeição é outra dica do veterinário, pois os restos de alimento atraem os roedores. Além de lavar o ambiente dos cães com cloro; evitar acúmulo de lixo e restos de comida que atraem os roedores; não permitir o acúmulo de água parada ou ambientes úmidos e fechar buracos entre telhas e rodapés também são atitudes que auxiliam no controle de roedores.

Mulher tenta se salvar e ao seu cão na cidade de São José do Vale do Rio Preto, no Rio. Para assistir a esse vídeo dramático, clique na imagem (Fonte: Globo)

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Cerca de 30 dias após a aplicação os cães machos perdem a capacidade reprodutiva

EXCLUSIVO | A CASTRAÇÃO dos cachorros ainda é um tabu no Brasil. Embora existam várias campanhas pelo País em prol das vantagens da esterilização, muitas pessoas ainda resistem à ideia da cirurgia. Além disso, o procedimento é caro para o bolso de muitos donos.

A CHEGADA da castração química ao Brasil pode ser uma chance para se mudar essa realidade – pelo menos entre os cães machos. Novidade no mercado brasileiro, o Infertile é um medicamento que possibilita transformar um procedimento cirúrgico em um ambulatorial. “O procedimento é muito rápido, leva menos de dois minutos e os cães são liberados logo após a aplicação, sem a necessidade dos cuidados típicos de um pós-cirúrgico”, explica o médico veterinário Ricardo Lucas, sócio-diretor da Rhobifarma, empresa fabricante do Infertile.

HÁ AINDA a vantagem financeira do produto que custa cerca de 70% menos do que a castração cirúrgica, ou seja, em média R$ 25. Outro ponto interessante da castração química de cães machos é o fato de manter a estrutura anatômica, já que os testículos não são retirados. “Cerca de 30 dias após a aplicação do produto os cães perdem definitivamente a capacidade reprodutiva. Além disso, o Infertile também provoca mudanças de comportamento, diminuindo substancialmente a libido”, afirma o veterinário.

CONVERSAMOS com o médico veterinário Ricardo Lucas sobre a castração química e tiramos algumas dúvidas sobre essa novidade. Confira:

CANINABLOG: Com que idade um cão macho pode ser esterilizado?

Ricardo Lucas: A partir dos três ou quatro meses de idade os cães já podem receber o Infertile, desde que já apresentem os testículos dentro da bolsa escrotal. A partir dessa fase, animais de qualquer idade.

CANINABLOG: Muitos animais castrados por cirurgia acabam engordando. Isso também pode ocorrer?

Ricardo Lucas: Pelo contrário, o acompanhamento dos cães que realizaram castração química mostra que uma das vantagens do método é a de não levar o animal á obesidade. A ação do produto diminui a produção de testosterona pelos testículos, sem a cessar completamente. Essa produção mais baixa tem efeito sobre a libido dos animais (que diminui) e é suficiente para evitar o transtorno da obesidade.

CANINABLOG: Qualquer veterinário pode realizar esse procedimento?

Ricardo Lucas: Desde que seguido o protocolo de aplicação, qualquer veterinário pode esterilizar quimicamente um cão. Além disso, oferecemos um treinamento a todos os compradores. No caso de CCZs, onde são comprados volumes maiores, é enviado um técnico para fazer o treinamento pessoalmente.

CANINABLOG: Há algum caso em que a castração química não é indicada?

Ricardo Lucas: Somente em casos de criptorquidismo (também conhecido como ‘testículo escondido’), orquite (inflamação) severa e lesões de pele no escroto.

INTERESSADO no assunto? Então não deixe de ler os posts abaixo:

Projeto de esterilização canina é aprovado

Benefícios e malefícios da castração

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Só um veterinário sabe a quantidade necessária de medicamento para o tamanho do seu cachorro

EXCLUSIVO | DOR de cabeça depois daquela reunião de trabalho? Tomamos uma aspirina. Azia depois daquela cervejinha e empada de camarão? Lá vai um antiácido. Nós humanos não pensamos duas vezes quando sentimos algum mal-estar e corremos para a farmácia mais próxima para aliviar os sintomas. Esse comportamento, que pode ser perigoso para os seres humanos, também pode ser mortal para nossos cães.

MUITOS veterinários indicam medicamentos que nós humanos tomamos, comprados em qualquer farmácia, mas isso não significa que podemos dar aos nossos cães qualquer remédio que funcione para o nosso corpo. “Não existe regra para comparar o tratamento de humanos e animais. De uma forma geral, quando a doença é similar o medicamento também pode ser parecido, ou até o mesmo. Mas as doses são sempre diferentes”, explica a farmacêutica e sócia da DrogaVET, Kalima Trento. As doses veterinárias são determinadas por quilo de animal. Por essa razão é muito fácil ocorrer uma intoxicação quando damos um medicamento calculado para um ser humano aos nossos bichos.

A falta de opção e novas alternativas

MAS por que os médicos veterinários receitam medicamento desenvolvido para humanos aos nossos cães? Muitas vezes por pura falta de opção de remédios específicos para pets. “A indústria farmacêutica para humanos está alguns anos na frente da linha veterinária. Embora isso venha mudando rapidamente nos últimos anos”, avalia a farmacêutica da DrogaVET. Receitar medicamentos humanos, no entanto, não é a única opção nesses casos, o veterinário também pode prescrever um remédio manipulado.

A DROGAVET, por exemplo, elabora medicamentos na quantidade exata necessária para o peso do paciente canino. “Cada animal é tratado individualmente na manipulação veterinária”, conta Kalima. Além disso, o medicamento indicado pelo veterinário pode ser flavorizado ou manipulado em formatos mais fáceis de serem tomados pelos bichos, como biscoitos palatáveis, pastas orais e xaropes. E a farmacêutica veterinária avisa: “A escolha do melhor medicamento para cada tratamento sempre fica por conta do médico veterinário. É ele quem vai estudar todos os sinais e sintomas do animalzinho e determinar qual é a medicação, dose e posologia ideais para cada caso”.

QUER saber mais sobre medicamentos manipulados para cães? Clique no link abaixo:

Remédio com sabor de biscoito canino

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Quanto mais cedo é feito o diagnóstico da doença oftálmica, mais fácil é determinado o tratamento

OS OLHOS do seu cachorro estão vermelhos, com secreções constantes e até mesmo com alguns pêlos das pálpebras faltando? Esses sintomas podem indicar que o bicho tem alguma doença ocular, que pode variar de uma simples alergia até uma catarata. Mas se não acompanhado e tratado por um veterinário, casos mais graves de infecção podem levar o pet até a cegueira “Dentre as doenças oftálmicas, a catarata –  passível de tratamento cirúrgico – é uma das principais causas de cegueira entre os cães”, explica a médica veterinária Isabella Vincoletto, do laboratório Vetnil.

POR isso é sempre bom ficar de atento aos principais sintomas das doenças oftálmicas entre os cães. Confira abaixo as dicas da veterinária Isabella Vincoletto de quando levar seu bicho para uma check up oftálmico:

SINTOMAS mais comuns

OLHOS vermelhos e inchaço

PRESENÇA de secreções oculares – límpidas ou purulentas

FALTA de pêlos nas pálpebras e/ou ao redor delas

SENSIBILIDADE exacerbada à luz

PRESENÇA de ferimentos – normalmente secundários e causados pelos próprios animais ao tentar coçar ou proteger os olhos do desconforto causado pela doença

CAUSAS principais

ALERGIAS, traumas e acidentes

DOENÇAS causadas por características genéticas hereditárias – especialmente em animais de raça pura

CAUSAS relacionadas a alterações sistêmicas, como cinomose, diabetes ou toxoplasmose

DOENÇAS oftálmicas

CATARATA e úlceras de córnea

CERATOCONJUNTIVITE seca – ressecamento da córnea e da conjuntiva causado por uma diminuição da porção aquosa da lágrima

UVEÍTE – doença nos olhos decorrente de uma inflamação da úvea, que é formada pela íris, corpo ciliar e coróide

GLAUCOMA – doença causada principalmente pela elevação da pressão intraocular que provoca lesões no nervo ótico e, como conseqüência, comprometimento visual. Se não for tratado adequadamente, pode levar à cegueira.

DOENÇAS na retina e alterações nas pálpebras

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Briga, atropelamento e quedas são os principais motivos para fraturas

SE VOCÊ é mãe de cachorro como eu, já deve ter passado por essa situação: seu filho canino começa a passar mal, tem vômito e diarréia, não quer comer. Você se pergunta: “será que devo levá-lo ao veterinário ou é um sintoma passageiro?” Afinal, você não quer dar uma de mãe super protetora ou, tão pouco, negligente.

REALMENTE é difícil saber se nosso cachorro precisa ou não de um veterinário. Ou ainda, quando é o momento certo para levá-lo para uma clínica. “É comum casos em que o problema se estende por vários dias e as pessoas esperam até que o animal esteja muito mal para levá-lo ao veterinário”, conta a diretora do Hospital Veterinário Pet Care, Carla Alice Berl. “Nesses casos, o tratamento pode não alcançar o sucesso desejado e os danos ao animal assim como os gastos gerados pelos procedimentos podem ser maiores.”

MAS COMO saber se é realmente uma emergência? Segundo a veterinária, vômitos intensos, anorexia por mais de um dia, falta de movimentação com sinal de dor principalmente dificuldade de mover os membros traseiros, urina toda hora em pequenas quantidades, tentar urinar ou defecar e não conseguir, convulsionar, apresentar falta de equilíbrio ou  falta de ar e desmaiar são sintomas de uma emergência.

PARA esclarecer ainda mais essa questão, a médica veterinária listou algumas das emergências mais comuns atendidas no hospital localizado em São Paulo e os primeiros socorros que devem ser prestados. Confira:

Gastrointestinais – Ingestão de corpos estranhos, de substâncias tóxicas e intoxicação alimentar são os casos  mais comuns. Na maioria das vezes o animal começa vomitar e apresentar diarréia, às vezes com, outras sem a presença de sangue, convulsões e tremedeira também podem ser sintomas de envenenamento. “Tente descobri o que o animal ingeriu e a dose, entre em contato com o veterinário e explique a situação”, recomenda Carla. Não induza ao vômito, isso pode piorar ainda mais a situação.

Cardíacas – As emergências cardíacas geralmente se apresentam como falta intensa de ar, o animal fica ofegante, não consegue  deitar (fica sentado arfando), também pode apresentar língua arroxeada e desmaio.

Falta de movimentação com sinal de dor é sintoma de uma emergência veterinária

Neurológicas – As convulsões são as mais comuns. Nesse caso não deve-se tentar segurar o animal. Tente afastar o bicho de qualquer objeto que possa ser perigoso e perceber qual o tempo de duração da crise. “Se o animal convulsionar por mais de um minuto leve imediatamente ao veterinário”, frisa a diretora do Hospital Veterinário Pet Care.

Traumáticas – Briga, atropelamento e quedas estão no topo das ocorrências desse tipo. Em qualquer uma dessas situações é preciso ter cuidado ao manipular o animal, pois ele está sentindo dor e pode acabar reagindo de forma agressiva, com rosnados e até mesmo mordida. O uso de focinheiras é indicado se houver disponibilidade. Outro procedimento necessário é verificar se há algum sangramento para tentar reduzi-lo. “Não tente deslocar ou puxar membros que estejam aparentemente fraturados”, avisa Carla.

VOCÊ já passou por uma situação de emergência com seu cachorro? Deixe um depoimento e conte sua história.

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CANINABLOG RECOMENDA| TUDO começou na última terça-feira quando Ciccilo, meu Fox Terrier Pelo Duro, começou a passar mal. Daquele dia em diante, comecei a dar soro pro bicho e ele parecia um pouco desanimado, mas continuava se alimentando. Quatro dias se passaram e ele parou de vomitar. Mas a diarréia continuava forte. Até que na sexta-feira acordei assustada. Ciccilo parecia gemer de dor e havia sangue nas fezes. Corri para a veterinária da rede Cobasi, na unidade do Brooklin, zona sul de São Paulo (SP).

O ATENDIMENTO na clínica foi realizado pela veterinária Cláudia Maria Joia. Depois de perguntar e ouvir calmamente os sintomas, e ouvir que Ciccilo roeu um osso cozido de costela no último domingo, a veterinária levantou quatro possibilidades: um pedaço do osso poderia estar no organismo, uma infecção, uma bactéria ou ainda vermes, talvez giárdia. A veterinária já conhecia Ciccilo e sabia que ele detesta veterinários, por isso pediu que eu colocasse a focinheira no cachorro.

ELA LOGO descartou a possibilidade de infecção e do problema com o osso, pois não havia febre e ele não demonstrava dor excessiva. Por estar se alimentando normalmente, aplicou os remédios por injeção (contra vômito e dor, antibiótico) e deixou que eu cuidasse dele em casa – afinal, ele também detesta clínicas veterinárias. E recomendou uma comidinha caseira com arroz e frango, que ele comeu com satisfação. No sábado, a outra veterinária da clínica ligou para saber se Ciccilo estava bem e contei que ele estava super animado.

NO DOMINGO Ciccilo piorou. A diarréia com tom avermelhado voltou forte e eu recolhi um pouco para possível análise. Liguei para o celular da veterinária que me atendeu prontamente, embora fosse sua folga. Depois de uma conversa, receitou um antibiótico por 10 dias e pediu que eu ligasse ou procurasse a clínica caso ele piorasse. Mas ele melhorou após dar o remédio. Na segunda-feira levei Ciccilo para a clínica e Cláudia coletou as fezes para análise. Os resultados confirmaram a ausência de giárdia ou qualquer verme. Não conseguimos descobrir o que ele teve, mas Ciccilo só melhorou desde então. Que semana!

Cobasi Brooklin

Avenida Washington Luis, 5103 – São Paulo – SP

Tel. (11) 5533-3232

CONFIRA abaixo a avaliação completa do atendimento na clínica veterinária do Cobasi unidade Brooklin (SP).

AVALIAÇÃO

ATENDIMENTO na recepção: muito bom

Atendimento é por ordem de chegada, e não demorou mais do que 20 minutos para sermos atendidos pela veterinária.

ESTRUTURA da clínica: bom

Todas áreas são higienizadas constantemente. No entanto, não há muito espaço para aguardar pela consulta – já que a espera também serve para o banho e tosa. Isso se torna um problema, principalmente na presença de cães agressivos.

Ciccilo emagreceu algumas gramas mas está bem

ATENDIMENTO veterinário: ótimo

Veterinária demonstrou muita paciência e carinho com o cão. Também mostrou flexibilidade ao sugerir um tratamento em casa e ao atender uma emergência pelo celular no seu dia de folga. Todos os médicos veterinários que atendem nas lojas Cobasi são autônomos.

FORMA de pagamento: bom

É possível pagar o atendimento e medicamentos com dinheiro ou cartão de crédito e débito. Somente o exame médico, que é realizado fora da clínica, tem de ser em dinheiro ou cheque. Paguei R$ 110 pela consulta no feriado.

INTERESSADO em outras avaliações feitas pelo CaninaBlog? Clique aqui.

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