ASSISTIR ao notíciário nos últimos dias tem sido motivo de pura tristeza. A região serrana do Rio de Janeiro já perdeu mais de 300 vidas graças a grande quantidade de chuva e os desabamentos. Toda população foi atingida e isso inclui os cachorros. Centenas morreram afogados ou cobertos de lama.
MAS ENGANA-SE quem pensa que essas são as únicas consequências das enchentes. Há ainda um grande perigo para quem conseguiu sobreviver a essa calamidade pública: a Leptospirose. Essa doença infecciosa é causada por uma bactéria chamada leptospira interrogans que contamina a maioria dos animais selvagens e domésticos e também aos humanos.
O PERIGO de infecção por Leptospirose aumenta durante as enchentes e alagamentos porque a contaminação acontece pelo contato com a urina dos ratos que se mistura à água, ao solo e até mesmo aos alimentos.
“ESTE período de chuvas pode elevar o número de casos da doença porque a leptospira, que é eliminada na urina dos animais doentes ou portadores, é bastante sensível ao sol e ambiente seco, mas sobrevive em ambientes úmidos e sem sol”, explica o diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care (SP), o médico veterinário Marcelo Quinzani. “Deste modo a água das chuvas ajuda na disseminação da bactéria que, quando entra em contato com mucosa ou pele com ferimentos, passa a contaminar um novo indivíduo”.
SE SEU cachorro entrou em contato com água de enchentes ou alagamentos, é bom ficar ainda mais atento. Confira abaixo quais são os principais sintomas da doença e como proteger seu melhor amigo:
PRINCIPAIS sintomas da doença
OS PRIMEIROS sintomas são febre, depressão, perda do apetite, vômito, desidratação, mucosas congestas, icterícia, urina escura e dor renal ou muscular, esses dois últimos podem ser notados nos animais através da mudança de comportamento. “Na evolução da doença, observa-se insuficiência renal, insuficiência hepática, hemorragias, lesões na pele e hematomas pelo corpo, úlceras na boca e língua e, em casos raros, necrose na ponta da língua. Ocasionalmente observa-se aborto, meningite e a inflamação intra-ocular comprometendo total ou parcialmente a íris”, completa o médico veterinário Marcelo Quinzani.
COMO agir diante dos sintomas
Ao notar estes sintomas em cães e gatos, mesmo que eles não tenham tido contato com água de alagamento ou enchentes, é preciso procurar imediatamente um médico veterinário e isolar outros animais da casa. “Se o animal realmente estiver doente e não receber o tratamento adequado certamente virá á óbito”, diz. “Em caso de confirmação da doença, a família deve também procurar orientação com um infectologista sobre os cuidados e exames necessários para as pessoas que tiveram contato com esse animal.”
VACINAS e prevenção
Para o diretor clínico do Pet Care as medidas preventivas são simples e incluem cuidados com a saúde, alimentação e com o ambiente em que o animal vive. A imunização anual ou semestral dos cães está no topo da lista de providencias a serem tomadas. “O mercado disponibiliza várias opções de vacina que incluem a proteção contra a doença, elas são conhecidas normalmente como V8 e V10″, salienta.
A IMPORTÂNCIA da higiene
Alimentar o animal em horários determinados, não deixando a ração à vontade e retirando os restos depois que o animal terminar a refeição é outra dica do veterinário, pois os restos de alimento atraem os roedores. Além de lavar o ambiente dos cães com cloro; evitar acúmulo de lixo e restos de comida que atraem os roedores; não permitir o acúmulo de água parada ou ambientes úmidos e fechar buracos entre telhas e rodapés também são atitudes que auxiliam no controle de roedores.
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Passa no meu cãotinho e veja como aujudar nossos aumiguinhos desamparados do Rio de Janeiro, não custa nada…se todo mundo doar um pokinho para eles já é muito…
Lambeijokas
Lola